
“The Art of Learning” de Josh Waitzkin é um livro muito interessante, que mostra como o autor dominou o xadrez e o Tai Chi. Francamente, eu acho que este livro poderia ter um outro título: “A Arte da Maestria”.
Durante a leitura, percebi cinco grandes ideias do livro que podemos aplicar diretamente na otimização industrial:
1ª ideia: ter um desenvolvimento incremental Josh nos diz que passamos de novatos para mestre incrementalmente, ou seja, uma pequena melhoria a cada dia que agregamos e compomos. São essas melhorias em que somos removidos do novato para o mestre. O mesmo vale para a indústria, onde o desenvolvimento pode ser feito de uma forma incremental, saindo da condição atual até sua visão do melhor que pode ser feito. Aqui temos uma mudança de mentalidade… não é buscar um benchmarking e tentar chegar nele imediatamente; é ter um objetivo e dividir em etapas para alcançá-lo. Então verificamos o que podemos colocar esforço, buscando essa melhoria, até chegar em um ápice.
2ª ideia: “Qual é o seu objetivo?” Josh fala que há uma grande diferença entre pessoas que querem ser decentes naquilo que fazem, as que querem ser boas no que fazem, aquelas que querem ser ótimas no que fazem e, então, as pessoas que querem estar entre os melhores no que fazem. Então, o objetivo tem que ser se tornar a melhor indústria, a melhor absoluta no que faz. Para ser a melhor, uma indústria precisa sempre crescer e para isso precisa de padrões elevados.
3ª ideia: “Sua planta é única” Por mais que busquemos por benchmarks ou similaridades com outras unidades industriais, sempre temos características únicas. Então, é bom ter claro suas capacidades produtivas, assim como forças e fraquezas, pois sempre ocorreram momentos de picos e vales. Se você quer ter uma planta mediana, concentre em suas fraquezas, tente se focar em tudo que não vai acontecer. Agora caso queira ter uma planta acima do padrão, não se esqueça das suas forças!
4ª ideia: abrace o fracasso Então a ideia é que toda vez que você enfrentar um fracasso, aprenda e cresça com ele e volte mais forte. Esteja disposto a abraçar o fracasso e ficar um pouco melhor a cada vez, em uma espiral de desenvolvimento.
Você precisa descobrir o que fez para tornar aquele momento operacional extraordinário e mover sua linha de base para um novo patamar, melhor que o anterior. Mas, você não pode fazer isso, a menos que esteja monitorando e analisando.
Finalmente a 5ª ideia (que é a minha favorita) é que seu melhor desempenho precisa se tornar sua nova linha de base. Você precisa descobrir o que fez para tornar aquele momento operacional extraordinário e mover sua linha de base para que sua nova linha de base seja melhor que a anterior. Mas se você não pode fazer isso, a menos esteja analisando. Dê um passo para atrás, aproveite o tempo para descobrir o que você fez para que possa fazer o melhor em sua nova linha de base.
Lembre-se que ocorreram fracassos e não deixe de investir nas forças da empresa, da equipe, dos recursos. Não foque somente nas fraquezas.
Para não ser uma empresa medíocre e se tornar a melhor empresa, a única maneira de você alcançar esse objetivo é incrementalmente, passo a passo, agregando e compondo.
