trabalho_industria_40É inegável que as novas relações de trabalho são um movimento global e devem se acelerar ainda mais com a chegada de avanços tecnológicos como a internet das coisas e a inteligência artificial. Mas vamos analisar friamente o impacto desse movimento: o grande problema é a velocidade das transformações, que deixa um enorme contingente de trabalhadores para trás.

De fato, o que se espera da chamada “Indústria 4.0” – que utiliza a tecnologia e a automação para aumentar exponencialmente a rentabilidade com a drástica diminuição dos custos – é o aumento do desemprego no mundo todo.

Em muitos círculos, a chegada da quarta revolução industrial causa calafrios. Não são poucos os que temem que, com a chegada da automação ostensiva movida à inteligência artificial, as máquinas tomarão boa parte dos empregos.

Sim, a Indústria 4.0 muda a relação entre patrões e trabalhadores e sim, essa tendência parece irreversível e a consequência social também. O medo é compreensível. Afinal, é verdade que alguns empregos vão desaparecer.
As estatísticas recentes são, contudo, um pouco menos alarmistas. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apresentados em maio deste ano, mostram que o desemprego no país recuou levemente para 12%, queda de dois pontos percentuais em relação ao mesmo período do ano passado. Isso, no entanto, corresponde a um contingente de 13,2 milhões sem emprego, um número ainda bastante alto. No dia 10 do mês de setembro, o governo aumentou a previsão de crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) de 0,81% para 0,85%. O resultado do segundo semestre (0,4%), ainda que pequeno, também tirou o país da trilha da recessão técnica, que acontece depois de três trimestres de queda.

Pode ser que essa leve melhora não se configure como tendência e o desemprego volte a crescer futuramente. Mas temos que nos adequar ao novo cenário, de alguma forma.

No Brasil, o Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC) criou o Grupo de Trabalho da Indústria 4.0 (GIT 4.0). Desde 2017, o grupo se debruça sobre o que chama de “agenda nacional” sobre o tema. Mais de 50 instituições, entre governos estaduais e municipais, empresas e representantes da sociedade civil organizada vêm se articulando para aumentar a competitividade das empresas brasileiras, compreender melhor as mudanças que estão por vir nas cadeias produtivas e no mercado de trabalho, antecipar o que serão as fábricas do futuro e destrinchar a massificação das tecnologias digitais que formam a base do que se entende por indústria 4.0.

Será que o emprego tem futuro? Eu acredito que sim, pois na minha opinião as profissões não acabam, elas se transformam. E você, o que espera do futuro?

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