“A Inteligência Artificial é uma tecnologia altamente disruptiva, então você não deve ignorá-la. Apenas prossiga judiciosamente e evite ficar hipnotizado pelo exagero da IA”
Se você está preocupado com as máquinas dominando o mundo, pode dormir sossegado. Isso não vai acontecer com a tecnologia que temos em uso hoje.
A relação e fusão entre homens e máquinas já povoa nosso imaginário há muito tempo.
No filme Metrópolis, de 1927, o dono de uma empresa decide criar um robô com a aparência da líder dos operários para dominá-los e evitar uma rebelião, mas a máquina acaba por aumentar o ódio dos trabalhadores e incentivar a revolta.
Em outro clássico de 1968, 2001: Uma Odisseia no Espaço, de Stanley Kubrick, o computador central da Hal 9000 é capaz de tomar decisões independentes e consegue assumir o controle da nave.
No sucesso Matrix, de 1999, o personagem principal Neo, estrelado por Keanu Reeves, fica aprisionado a uma realidade virtual criada pelas máquinas. Em Eu, Robô, de 2004, um robô é investigado sob a suspeita de ter assassinado seu criador.
Agora vamos ser realistas: a Inteligência Artificial de hoje é promissora, pois permite automatizar tarefas rotineiras, tornando os seres humanos mais eficientes. Mas precisamos garantir que ninguém se deixe levar pelo exagero e avaliar alguns pontos importantes.
Sistemas atuais de IA são treinados para desempenhar uma tarefa humana de maneira inteligente e computadorizada, mas são treinados para realizar uma tarefa – e apenas uma. O software que dirige um veículo autônomo não pode operar as luzes da sua casa.
Isso não significa que essa forma de IA não é poderosa. Ela tem o potencial de transformar muitas indústrias – talvez todas. Mas nós não devemos exagerar no que pode ser alcançado. Sistemas que aprendem de maneira supervisionada, de cima para baixo e baseado em dados de treinamento não podem ser expandidos para além do conteúdo dos dados; eles não podem criar inovação ou racionalidade.
Pense da seguinte forma: a tecnologia fará somente o trabalho pesado e nós, com o lado criativo e mais legal do trabalho. Não se deve ter medo, pois a IA não é capaz de ser criativa. E mesmo que ela já consiga interpretar emoções com alto grau de precisão, ainda tem dificuldades em ter emoções. É difícil prever se ela terá, mas é praticamente impossível pensar nisso atualmente.
Mesmo que os algoritmos se tornem inteligentes, nós não temos que deixá-los controlar nossas vidas. Eles podem continuar sendo apenas um sistema de apoio para decisões. Sem exageros.
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